Sistema de coleta seletiva de resíduos é implantado no condomínio
Através da ONG Ecomarapendi, a administração do condomínio implantou, desde o início de 2015, um sistema de coleta seletiva de resíduos. Com um trabalho de educação continuada, que inclui palestras, comunicados e ações de conscientização, condôminos e funcionários são orientados a separarem o material em recicláveis (sacos azuis) e rejeitos (sacos pretos).
O processo foi dividido em três etapas: diagnóstico, projeto executivo e implantação. No diagnóstico, foi feito um estudo de todo o resíduo gerado no condomínio, desde sua origem até o armazenamento e, posteriormente, seu destino final. Através desse diagnóstico foi possível elaborar um projeto executivo, no qual todas as normas, legislações e potenciais mudanças foram apresentadas à administração. Após a aprovação do projeto executivo, o processo de sistematização da coleta foi efetivamente colocado em prática.
Esse processo inclui o treinamento e conscientização dos condôminos e, principalmente, dos funcionários de limpeza, uma vez que a iniciativa de separação dos resíduos começa em cada sala. Para completar a sistematização, foi executada uma obra de adequação do local de armazenamento de resíduos do condomínio. Em todos os andares de garagem vão ser colocados coletores de recicláveis e rejeitos. Além disso, as pilhas poderão ser descartadas em um local próprio. Para as lâmpadas, a recomendação é a separação em uma embalagem de papelão adequada e o recolhimento é feito durantes as coletas normais do condomínio, que são realizadas às 9h e 15h. Para os eletro-eletrônicos (que não serão recolhidos pelo condomínio), foi realizada uma campanha, na qual todos os condôminos puderam zerar esses materiais.
A consultora ambiental da EcoMarapendi, Naira Tavares, já considera os resultados muito importantes, uma vez que já está sendo descartado, aproximadamente, 1 tonelada de material reciclável por mês. Ela ressalta a importância do projeto:
– Na verdade, todo mundo ganha com isso. Separar os materiais não é um processo importante somente para a gente ou para o condomínio. Não estamos falando de lixo e sim de matéria prima. Os resíduos simplesmente não desaparecem depois que você põe para fora da sala. Eles vão para um aterro sanitário que tem uma vida útil muito menor ao receber o lixo sem a separação adequada. Quanto mais as pessoas souberem o quanto impacta o material que elas produzem e qual é o destino desse material, mais gratificante é o nosso trabalho. – afirmou.
A Ecomarapendi
Criada em 1990, a Associação Ecológica Ecomarapendi é uma entidade não-governamental, sem fins lucrativos e de utilidade pública com enfoque em duas áreas principais: ecossistemas costeiros e resíduos sólidos.
Em ação pioneira, reuniu comunidade, organismos de governo, escolas, universidades e empresas na campanha de recuperação e valorização da Lagoa de Marapendi denominada “Usar para Preservar, Preservar para Usar“, que teve em continuidade:
• Convidada pela organização da Eco-92 para participar do evento;
• Contou com estande no Aterro do Flamengo na Cúpula dos Povos;
• Criou o Programa de PEVs em vários bairros da cidade do Rio de Janeiro durante o evento e que se estendeu por 2 anos;
A ONG lançou uma linha de materiais de papel reciclado (cadernos escolares, blocos, resma de papel, agenda, caderno de telefone, etc…) incentivando o uso do mesmo; Como desdobramento, 20 anos depois, a Ecomarapendi também foi convidada para exposição e ciclo de palestras da Rio+20. Em 1993 Ecomarapendi com o patrocínio da Brahma (atualmente AmBev), criou um Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente, a Recicloteca. Um projeto pioneiro, sendo o maior centro de informações ambientais da América Latina. Reconhecida como “Sala Verde”, ganhou a chancela do Ministério do Meio Ambiente para oferta gratuita de material produzido pelo mesmo.